Após costura que isolou parlamentares governistas, Joel da Harpa (PL) foi eleito presidente da Comissão de Segurança Pública da Alepe.
Semana sem trabalho na Assembleia Legislativa de Pernambuco – ALEPE – mas pra um dos integrantes do parlamento estadual, teve um certo trabalho. Tudo porque a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na quinta, 27, uma operação para obter provas contra uma suposta organização criminosa que estaria praticando crimes de lavagem de dinheiro, fraude em licitação e desvio de dinheiro público (peculato).
Um dos alvos da operação é o deputado estadual pernambucano e policial militar Joel da Harpa (PL), que foi visitado pela Polícia Civil em seu apartamento, num condomínio no bairro de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco não confirmou os nomes dos alvos das operações, mas o parlamentar admitiu, em vídeo nas redes sociais, ter recebido a visita da Polícia Civil.
“Recebi a ligação da minha esposa afirmando que a polícia estava na minha casa para uma busca e apreensão. Eu autorizei a entrada da Polícia Civil no meu apartamento”, diz ele em vídeo.
“Eles só encontraram meus filhos dormindo e minha esposa tomando café da manhã”, afirma.
O parlamentar diz ter conversado por telefone com o delegado que conduzia a busca.
“Ele me disse que havia uma investigação de 2015, dez anos atrás. Como a polícia encontraria, mesmo que supostamente houvesse algo, como encontrariam algo de 10 anos atrás na minha casa? A tentativa era encontrar algo novo, mas nada encontraram”, supõe Joel da Harpa.
No vídeo, o deputado ainda agradeceu os policiais, disse que sua família foi bem tratada e que confia no trabalho da Polícia Civil e da Justiça.
Na ALEPE o deputado é o presidente da Comissão de Segurança Pública, posto conquistado após um acordo com parlamentares da bancada da oposição à gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB). Joel da Harpa (PL) sugere, no vídeo, estar sofrendo uma suposta perseguição junto com outros políticos conservadores.
“Mas não é isso que vai parar o meu trabalho. A quem interessou a entrada da polícia na minha casa hoje? (…) Venho incomodando muita gente”, diz o bolsonarista.
O Brasil de Fato Pernambuco, espaço de onde reproduzimos essa notícia, entrou em contato com o deputado por e-mail, mas havia tido retorno, segundo a nota postada na quinta.
As informações divulgadas para a imprensa são de que a investigação teve início em 2022 e tem sido conduzida pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco).
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), além da ordem de bloqueio de ativos financeiros. A operação envolveu 80 policiais civis.
COM BRASIL DE FATO PE