“Foi passando de geração a geração até chegar em minha mãe, e minha mãe morreu pedindo pra que eu não deixasse acabar, e eu não deixarei acabar”. Assim é o relato de Jesulene Ribeiro, mais conhecida como Nenenzinha, a responsável pelo único cordão dos penitentes de Juazeiro, atualmente.
A manifestação cultural iniciada em 1901, é realizada em toda quaresma, e tem a cada dia perdido adeptos. No intuito de preservar e dar maior organização ao momento, é que a Secretaria de Desenvolvimento Social, Diversidade, Igualdade Racial e Combate à Fome de Juazeiro, convidou esses penitentes para uma reunião nesta segunda-feira (17), onde foi possível ouvir os anseios, pedidos e sugestões dos participantes.
Estiveram também presentes, a Superintendente do SUAS, Maria Quitéria, o superintendente financeiro e administrativo, Gabriel Trizan, o coordenador de Políticas de Igualdade Racial e Povos Tradicionais, Ermerson Oliveira, o inspetor subchefe da Guarda Civil Municipal, Renato dos Santos e o coordenador de cultura da Seculte, Hertz Félix.
No encontro, a Sedes se comprometeu em auxiliar nos materiais necessários para a realização do evento, como velas e lanches aos peregrinadores, já a Secretaria de Cultura, garantiu o apoio em transporte, bem como a supervisão dos trabalhos realizados pela Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), como limpeza dos cemitérios e revitalização de alguns cruzeiros.
Para garantir ainda mais segurança à manifestação, a Guarda Civil Municipal vai dar o apoio com guarnições para acompanhar os penitentes. Maria Quitéria, superintendente do SUAS, afirma a importância da reunião e também a integração entre as secretarias, para o prevalecimento da manifestação cultural.
“Nós hoje fizemos a reunião, com o encaminhamento da comissão que vai estar dando esse apoio, seja de segurança, seja cultural e seja de logística também. Então, quero dizer que nós vamos estar firmes, com todos os cordões, o do Salitre, o de Juazeiro, os disciplinadores, para que a gente possa valorizar e cuidar dessa questão cultural que a gente não pode deixar morrer, porque aqui é o símbolo de resistência e de cultura do nosso município”, assegura Quitéria. (com assessoria de comunicação)