Pelo menos 34 pessoas morreram na passagem do ciclone Chido por Moçambique desde domingo (15), quando o fenômeno atingiu a região. A informação foi confirmada pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) na terça-feira (17), citando dados da agência de desastres do país do sul da África.
A pequena ilha francesa de Mayotte sofreu o impacto da tempestade, e acredita-se que centenas ou até milhares de pessoas morreram lá antes que o ciclone atingisse Moçambique, na costa leste da África Meridional.
“Até 17 de dezembro de 2024, estima-se que um total de 174.158 pessoas tenham sido afetadas, com 34 mortos e 319 feridos”, disse o OCHA em um comunicado, citando o instituto de desastres naturais de Moçambique.
Chido foi a tempestade mais forte a atingir Mayotte em mais de 90 anos, disse o serviço meteorológico francês Meteo France.
O ciclone devastou grandes partes do arquipélago no leste da África no fim de semana com ventos de mais de 200 km/h, destruindo casas nas encostas e causando cortes de telefones, energia e água potável.
Eventos climáticos extremos se tornaram mais comuns ao redor do globo, por conta das mudanças climáticas. Nações mais pobres frequentemente dizem que estão arcando com o peso da crise ambiental, apesar de historicamente emitirem muito menos CO2 do que países mais ricos.