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Novo requerimento rejeitado gera mais um embate entre oposição e situação no legislativo petrolinense

Por Notícias do Parlamento

Redação com ASCOM

Um novo embate ocorreu na sessão de terça, 26, entre as bancadas da oposição e da situação, por causa de novo do requerimento n° 300/2019 que pedia a presença do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, à Casa Plínio Amorim. No texto, o prefeito seria convocado para prestar esclarecimentos acerca das graves denúncias já divulgadas pela mídia nacional desde a última quinta (19), citando os políticos o senador Fernando Bezerra Coelho e o deputado federal Fernando Filho, pai e irmão do prefeito.

Desta vez, a solicitação apresentada pelos vereadores Paulo Valgueiro, Gabriel Menezes e Gilmar Santos, estava assinada pelos três e protocolada na secretaria da Casa, obedecendo às exigências regimentais. Mesmo assim o texto foi rejeitado por 16 votos da situação, contra 4 votos da bancada oposicionista acrescentada pelo voto da vereadora Cristina Costa, PT.

O líder do governo, por sua vez, pediu destaque do requerimento, sem justificar a solicitação como reza o Regimento Interno do poder legislativo, apenas repetiu em entrevista á imprensa que a bancada governista não irá aprovar nenhuma matéria da oposição que venha para a promoção de palanque político.

“Se a oposição continuar com esse comportamento, vamos derrubar tudo deles: indicações, requerimentos e projetos”, disparou Aero.

Paulo Valgueiro discordou do colega do governo e não vê problema de o prefeito prestar contas à população que o elegeu. “Se o prefeito Miguel Coelho não tem o que esconder e não teme as investigações da Polícia Federal porque os vereadores de sua base estão desesperados e blindando ele a qualquer custo? O povo de Petrolina merece respeito prefeito”, alfinetou o líder da oposição na Casa

Para Gabriel Menezes, esse é um escândalo que tomou conta da mídia nacional, resultando na ação cautelar 4.430 (de buscas e apreensão), de 09 de setembro de 2019, do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, podendo envolver a gestão do prefeito de Petrolina para pagamento de agiotas.

“Isso precisa de esclarecimento, mas os vereadores do prefeito, descompromissados com a população de Petrolina, querem abafar o caso. Podem abafar aqui no município, mas o Brasil inteiro, lamentavelmente, dorme e acorda com noticiários negativos de nossa cidade”.

Já Gilmar Santos, enfatiza. “É um governo que não tem compromisso com a transparência, dizem aqui que é política, mas claro que é política, a política em defesa do interesse popular”, afirmou o vereador.

DESINTEGRAÇÃO

A operação, chamada Desintegração, baseia-se em delações premiadas da Operação Turbulência, deflagrada em junho de 2016, aponta envolvimento do senador Fernando Bezerra e do deputado Fernando Filho, pai e irmão do prefeito de Petrolina. Inclusive, a ação ocasionou no bloqueio de bens, no valor de R$ 5,5 milhões em relação ao senador e de R$ 1,7 milhão em relação ao filho deputado, para aprofundamento das investigações.

As denúncias apontam irregularidades em obras no Nordeste, como a transposição do Rio São Francisco, agora, aponta que a Prefeitura de Petrolina é utilizada para pagamento de dívidas de campanha dos políticos citados. “As denúncias são graves e precisam ser esclarecidas”, completa Valgueiro.

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Cinara Marques

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