Policiais flagrados agredindo homem algemado são presos em Manaus

Quatro policiais militares da 18ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) foram presos preventivamente em Manaus, neste sábado (14), por agressão e prisão forjada de um comerciante.

A operação “Forja”, conduzida pela 60ª Promotoria de Justiça Especializada no Controle Externo da Atividade Policial (Proceapsp) com apoio do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e da Polícia Militar, foi motivada por um vídeo que registrou a ação policial.

A gravação mostra os policiais algemando, agredindo e prendendo o comerciante dentro de um estabelecimento comercial, contradizendo a versão registrada no Boletim de Ocorrência, que descrevia uma prisão em via pública por tráfico de drogas.

O juiz Fábio Lopes Alfaia autorizou a prisão preventiva dos policiais a pedido do promotor Armando Gurgel, após análise do inquérito e confronto com o vídeo. Os policiais, que não sabiam da existência da gravação, responderão por extorsão, tráfico de drogas, falsidade ideológica, tortura e abuso de autoridade.

A filmagem revela que o comerciante estava sentado no comércio quando foi abordado, recebendo um foco de luz no rosto antes de ser algemado. A versão dos policiais afirmava que o suspeito foi abordado na rua e entregou drogas durante a ação.

O promotor Armando Gurgel enfatizou a discrepância entre a versão apresentada pelos policiais e as imagens do vídeo, destacando a ação forjada e os múltiplos crimes cometidos. Os policiais estão detidos no Batalhão da PM.

Dois policiais militares foram flagrados agredindo um homem com tapas e socos, na última terça-feira (10), em Manaus. Eles entram no estabelecimento, algemam a vítima e proferem as agressões na sequência.

Veja o vídeo:

https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2024/12/Policiais-sao-flagrados-agredindo-homem-algemado-no-AM.mp4

A CNN procurou a Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) para obter esclarecimentos sobre o episódio da última terça-feira. Em nota, a Polícia Militar respondeu que abriu uma investigação interna.

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