sexta-feira, janeiro 24, 2025
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Oposição venezuelana denuncia breve prisão de opositora; governo nega – Jornal de Brasília

por Redacao Jornal de Brasilia
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A oposição venezuelana denunciou que a líder opositora María Corina Machado foi brevemente “retida à força” nesta quinta-feira (9), após um protesto contra a posse do presidente Nicolás Maduro, o que o governo negou.

Em cima de um veículo, vestida de branco e com uma bandeira venezuelana, María Corina, 57 anos, reapareceu em público nesta quinta-feira pela primeira vez desde 28 de agosto, pouco depois das eleições que a oposição afirma que Maduro “roubou” de seu candidato, Edmundo González Urrutia.

“Foi interceptada e derrubada da moto em que se deslocava. No ocorrido, dispararam armas de fogo. A levaram retida à força. Durante o período de seu sequestro, foi forçada a gravar vários vídeos e depois foi liberada”, escreveu seu estafe político na rede social X, que anuncia que a opositora vai se pronunciar “nas próximas horas”.

“Comunicarei a vocês amanhã o que ocorreu hoje e o que vai acontecer”, publicou María Corina nas redes sociais na noite de hoje, afirmando que uma pessoa foi baleada durante a sua detenção.

O ministro do Interior, Diosdado Cabello, chamou a denúncia de “uma invenção, uma mentira”. “Se a decisão fosse prendê-la, já estaria detida”, disse Cabello. “Não mobilizaram as pessoas, precisavam de uma faísca e disseram: a melhor centelha é a prisão de María Corina Machado […] Ela está louca para que nós a capturemos”, acrescentou.

Um vídeo no qual María Corina diz estar “segura” e “a salvo” circulou na mídia chavista e pelas contas no Telegram de altos funcionários do governo Maduro, como a vice-presidente Delcy Rodríguez e o ministro de Informação Freddy Ñáñez.

“Muito grave! O fato de María Corina estar livre não minimiza o que aconteceu, ela foi sequestrada em condições de violência”, reagiu González. Antes, ele havia alertado as autoridades: “Não brinquem com fogo”, ao exigir sua libertação.

Donald Trump, que inicia um segundo mandato na Casa Branca em 20 de janeiro e impôs fortes sanções à Venezuela em sua primeira gestão, em uma política de pressão contra Maduro, expressou apoio a María Corina e chamou González de “presidente eleito”.

O governo da Espanha expressou sua “condenação total” ao incidente, enquanto a Colômbia reprovou o que chamou de “assédio sistemático” à opositora, apesar de o presidente Gustavo Petro ter classificado os relatos de sua detenção de “notícia falsa”.

O chavismo saiu em passeata paralelamente para apoiar Maduro, que nesta sexta-feira tomará posse para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a uma nova onda de prisões de opositores e dirigentes da sociedade civil que provocou reações internacionais.

A ONG Foro Penal havia documentado até ontem 18 prisões “com fins políticos na Venezuela”, às quais se somaram hoje mais 17, segundo seu vice-presidente, Gonzalo Himiob.

‘Venezuela foi às ruas’

“Toda a Venezuela foi às ruas”, comemorou María Corina, discursando em cima de um caminhão, durante a marcha opositora em Caracas. “Não temos medo! Não temos medo!”, repetiram em coro os presentes.

A presença do público nos protestos opositores aumentou com o passar das horas, mas nem se compara com os grandes atos da campanha eleitoral: há medo desde a repressão brutal às manifestações que eclodiram após a proclamação da vitória de Maduro nas eleições de julho, que teve como saldo 28 mortos, quase 200 feridos e mais de 2.400 detidos.

Já apoiadores do chavismo defenderam a reeleição de Maduro com música no último volume. “O único presidente eleito neste país se chama Nicolás Maduro. O povo o elegeu e o povo o apoia”, disse à AFP Noeli Bolívar, 28 anos.

‘Devem permanecer a salvo’

A cerimônia de posse presidencial está marcada para sexta-feira no Parlamento controlado pelo chavismo. González, que pediu asilo na Espanha em 8 de setembro após ser alvo de um mandado de prisão, declarou que deseja voltar à Venezuela para assumir o poder.

“Vamos nos ver muito em breve em Caracas, em liberdade”, prometeu González em um evento na República Dominicana, última parada de um giro que anteriormente o levou à Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Panamá.

Seu próximo destino é incerto: González quer voar para a Venezuela e assumir o poder, mas o plano parece improvável.

“Estes lutadores pela liberdade não devem ser feridos e DEVEM permanecer SEGUROS e VIVOS!”, escreveu Trump em sua plataforma Truth Social, em apoio a María Corina e González.

As autoridades venezuelanas — que oferecem 100 mil dólares (R$ 604 mil) pela captura de González — advertiram que, se ele pisar no país, “será preso imediatamente”.

© Agence France-Presse

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