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Lula: “Mortes no Brasil são o maior genocídio de nossa história”

Por Coluna Lula- destaque da semana de uma das declarações do ex-presidente dada à imprensa alemã.

Com Correio Brasiliense – As mais de 300 mil mortes por coronavírus no Brasil são “o maior genocídio” na história do país, denunciou ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel, na qual afirmou que o atual presidente, Jair Bolsonaro, deveria “pedir perdão”.

“Este é o maior genocídio de nossa história. Nossa atenção não deve estar nas eleições do próximo ano, e sim na luta contra o vírus e na vacinação da população. Temos que salvar o Brasil do coronavírus”, disse Lula à revista.

O Brasil é o segundo país com mais mortes provocadas pela covid-19, depois dos Estados Unidos. Mais de 12 milhões de brasileiros foram infectados pelo coronavírus, incluindo Bolsonaro, presidente de extrema-direita e um cético que sempre minimizou os riscos do vírus.

Na quinta-feira, o país registrou pela primeira vez mais de 100.000 novos contágios em um dia. “Um presidente não pode saber tudo, mas ele (Bolsonaro) deveria ter a humildade de consultar pessoas que sabem mais do que ele”, afirmou Lula, 75 anos, que pode ser candidato nas eleições de 2022.

Ele recuperou os direitos políticos depois que as condenações por corrupção contra ele foram anuladas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula sempre alegou inocência de todas as acusações

Esta semana, Lula obteve uma nova vitória quando a segunda turma do STF concluiu que o ex-juiz Sergio Moro, responsável pelos processos do ex-presidente, foi “parcial”.

“É nossa responsabilidade, como brasileiros, parar este homem e restaurar a democracia no país”, declarou Lula, para quem “nunca em nossa história tivemos um presidente tão irresponsável”.

COMITÊ

Coincidência ou não, o fato é que numa fala sua durante a entrevista, Lula disse que Bolsonaro deveria reunir cientistas, o ministro da Saúde, governadores, prefeitos, chefes de outros poderes, “para traçar um plano para derrotar a Covid. Bolsonaro mesmo que agora use máscara, não leva a Covid a sério”, registrou o ex-presidente.

Palavras de Lula, ação de Bolsonaro, apesar de um ano e mais de 300 mil mortes depois. Na quinta, 25, Jair Bolsonaro resolveu dar posse ao novo ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga e já convocou uma reunião com os presidentes da Câmara e do Senado, alguns governadores mais alinhados ao seu governo, e o presidente do Supremo Tribuna Federal, Luiz Fux, para a formação de um comitê de crise para o enfrentamento ao novo cornavírus

Pelo jeito, Lula falou e Bolsonaro escutou. Na sexta, 26, o presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco que será o interlocutor entre comitê e governadores, teve sua primeira reunião remota com os chefes dos governos dos estados que pediram urgência no programa de vacinação e na compra de insumos para tratar a doença, além de recursos para a implantação de mais leitos de UTI da Covid.

 

 

 

Cinara Marques/Portal Tribuna NE

 

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Cinara Marques

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