EducaçãoPolítica

Durante reunião em escola de tempo integral de Petrolina, nutricionista da Seduc constrange mãe de aluna por estar filmando a reunião sobre alimentação irregular dos alunos da unidade localizada na Vila Eulália

A mãe como muitas de alunos da escola de ensino integral Monsenhor Bernardino, questiona o cardápio inadequado onde estudantes que passam 9h na escola, são submetidos a se alimentar com produtos que estão longe de oferecer nutrição adequada para as crianças do ensino fundamental 1.

A nossa redação recebeu um vídeo em que a mãe de uma aluna da Escola Municipal de Ensino de Tempo Integral Monsenhor Bernardino Padilha da Luz, no bairro Vila Eulália, zona norte de Petrolina, se sentiu constrangida ao ser questionada pela nutricionista Geórgia Mourão, da secretaria municipal de Educação.

A mãe é uma das muitas da escola que questiona desde o retorno das aulas presenciais na unidade, onde alunos de 1º ao 5º ano do ensino fundamental 1, permanecem 9h, período determinado pelo Programa Municipal de Ensino de Tempo Integral (Promei) dentro do projeto ‘Escola da Escolha’ em Petrolina, que tem todo o funcionamento do ensino diferenciado, especialmente no cardápio da alimentação, das demais escolas regulares do município que funcionam apenas num período do dia.

Além dos fardamentos atrasados, material escolar sem chegar até este determinado dia, 18 de agosto de 2022 e funcionários que algumas mães dizem que são despreparado para exercerem atividades pedagógicas, o problema da alimentação, parte fundamental para o bom desempenho dos alunos e alunas, tem trazido preocupação diária.

A qualidade e os produtos, comparando com o período antes da pandemia, quando o programa foi implantado, não tem nada a ver com o programa atualmente, sendo dado um certo crédito ao almoço, relatam os responsáveis.

“São problemas sérios na alimentação de nossos filhos. Eles chegam com fome em casa. O período dos intervalos para o lanche, servido 9h e 15h, são servidos às crianças, dia sim e o outro também, bolacha cream cracker com um iogurte de morango industrializado o que é proibido dentro do Promei e do próprio PNAE. À tarde, leite com bolacha de novo, coisa que muitas crianças não gostam de leite e não se tem uma alternativa como um suco, por exemplo. Os alunos estão ficando com fome e muitas mães estão tendo que mandar lanche, o que o programa não permite também, mas estamos preocupadas com a nutrição dos nossos filhos. Sem ver a volta do cardápio diferenciado do ensino integral, temos sido obrigadas a mandar os alimentos”, revelou outra mãe.

Além do Monsenhor Bernardino, Petrolina conta com outras 6 escolas do modelo de ensino de tempo integral. Se o problema ocorre nessas outras escolas, os pais da escola na Vila Eulália não sabem, mas que a situação é preocupante, isso é fato nesta unidade.

E foi por isso que a nutricionista da secretaria de Educação esteve na escola, na terça, 16, e mais uma vez não levou nenhum sinalização de mudança no cardápio e ainda por cima deixou uma das mães tão constrangida que com vergonha, segundo relatou, parou de gravar a reunião.

VEJA O VÍDEO NO MOMENTO EM QUE A NUTRICIONISTA CONSTRANGE A MÃE PEOCUPADA COM A ALIMENTAÇÃO IRREGULAR DO PROMEI ATUALMENTE EM PETROLINA:

Geórgia Mourão disse que tem11 anos de profissão com atuação em Petrolina e Fortaleza/CE. Ela relatou o que tem dito sempre e a situação não muda nas escolas de tempo integral. Ou ela desconhece as regras do Promei que coloca que o cardápio do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE – tem que ser complementado quando o modelo de ensino é integral.

Na fala dela e vamos postar abaixo, além de estar equivocada quanto à alimentação do programa, ela ainda revela que o que vem sendo servido, mesmo que de forma errada como denunciam os pais, ainda é sobra da merenda licitada no ano passado. A nova licitação, segundo detalhou na reunião, é em setembro, ou seja, faltando três meses para o encerramento do ano letivo. Algo não deve estar funcionando bem na secretaria de Educação de Petrolina. A licitação de fardamento e material escolar, segundo informam, não tem atendido as exigências do comando da pasta, por isso o atraso; e para completar, os alimentos do ano escolar só vão chegar quase no encerramento do ano letivo? Mas por que?

Na sua fala, a nutricionista não explicou, mas vamos atrás desse e dos demais questionamentos, como livrou com que estão defasados e que a Seduc diz que não tem problema que o livro escolar tem prazo de 10 anos. Como assim? Em 10 anos, muita coisa muda e os conteúdos dos livros didáticos devem acompanhar essas mudanças. Mais um fato que vamos esclarecer.

SEGUE O VÍDEO DA NUTRICIONISTA SOBRE MERENDA NOVA CHEGAR SÓ EM SETEMBRO E NÃO FALA NADA SOBRE O CARDÁPIO DIFERENCIADO DO PROMEI:

Tags

Cinara Marques

Página do Portal Tribuna Nordeste que visa mostrar notícias diárias da região com foco nos estados de PE, BA e PB, Vale do São Francisco, Petrolina/PE, Juazeiro/BA e o que for importante como informação para o Brasil e o mundo. Acesse tribunanordeste.com.br e fique sempre bem informado. Mande sua sugestão no 81 9 9251-9937 ou [email protected] .

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

LUMOS

Adblock Detectado

Considere nos apoiar desabilitando o bloqueador de anúncios
%d blogueiros gostam disto: