Nordeste
Delegado diz que terceiro acusado de morte de adolescente em Petrolina pode ser preso a qualquer momento
Por Cinara Marques – Portal Tribunna
Após prender nesta quarta, 7, dois dos três acusados de matar Estefany Eduarda Oliveira, adolescente de 13 anos encontrada morta num terreno do bairro Vale do Grande Rio, zona oeste de Petrolina no sertão pernambucano, a Polícia Civil espera prender a qualquer momento o terceiro envolvido no crime ocorrido dia 16 de outubro. A informação é do delegada Magno Neves, coordenador da operação.
“Estamos próximos de encontrar o terceiro envolvido”, disse no final da tarde esta quarta, por telefone à Rádio Jornal em Petrolina.
Os acusados: José Henrique de Castro dos Santos e Antônio Moura (Pretinho) foram presos entre os bairros São Gonçalo, Rio Corrente e Vale do Grande Rio. Henrique é casado com uma prima de Estefany. O terceiro acusado que está foragido é Flaviano Bernardinho de Sena, tio da vítima e apelidado por Índio, conforme informações da polícia civil.
A polícia conseguiu chegar nos três por meio de uma força tarefa dentro da Operação Impacto lançada para desvendar crimes de homicídios nos últimos dois meses. Os dois presos que já foram encaminhados para o Presídio Edvaldo Gomes deram depoimentos desencontrados e negam a autoria, mas as investigações apuraram que os três foram vistos com Estefany no feriado de 12 de outubro. A adolescente pode ter sido morta na madrugada do dia 13 e encontrada dia 16 de outubro já em fase de decomposição. Um áudio de whatsapp de uma suposta prima da adolescente, confirma que os acusados podem ter mesmo matado Estefany.
“Foram eles mesmo, pessoas de dentro da casa dela que fizeram isso com ela. São pessoas que conviviam 25 horas com ela e tiraram a vida dela. A justiça dos homens está sendo feita e a de Deus será também”, diz trecho do áudio.
Já se sabe que a vítima foi estuprada antes de ser assassinada. Familiares contam que pela proximidade, a vítima pode ter confiado nos três homens, um tio inclusive. Ela tinha saído da casa de sua mãe com destino à casa da vó no bairro São Gonçalo, também zona oeste, mas desapareceu. A garota pode ter ido a uma festa antes de chegar na residência de sua vó e a Polícia desconfia que os três sabiam e podem ter premeditado o ataque e o assassinato da adolescente.
CÂMARA
Na semana passada, a mãe e os amigos de Estefany Eduarda foram à Câmara Municipal pedir apoio dos vereadores para que o crime não ficasse impune. Dona Cícera Nere, mãe da garota, se queixava da falta de informações da polícia sobre o caso e queria que os policiais não deixassem de atuar para acharem o ou os autores, como revelado nesta quarta.