quarta-feira, janeiro 22, 2025
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A sucessão presidencial que mexe com Brasília – Jornal de Brasília

por Eduardo Brito
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As incertezas na política brasiliense prendem-se à sucessão presidencial. De um lado, o candidato deve ser Lula, que só pensa na reeleição. Mas a escolha do vice está para lá de incerta. O PT, que espezinhou Geraldo Alckmin por dois anos, prefere que ele seja candidato a senador por São Paulo. Para o posto de vice na eventual chapa de Lula, as opções mais fortes são do MDB, com o governador do Pará, Helder Barbalho. Seria, para dizer o mínimo, um incômodo para o governador Ibaneis Rocha, do mesmo partido.

No extremo, o obrigaria a mudar de partido. Ou seja, como prevê o deputado Alberto Fraga (PL), bagunçaria todo o quebra-cabeça brasiliense. E, do outro lado, Bolsonaro (PL), pelo menos por enquanto, não abre mão da candidatura, mesmo estando inelegível até o momento. Isso ameaça inviabilizar nomes como os de Tarcisio de Freitas (Republicanos) ou Ronaldo Caiado (União Brasil), governadores de São Paulo e de Goiás, respectivamente. E, pior, atrapalha todas as coligações.

Os petistas não deram a Alckmin sequer a chance de assumir nominalmente a presidência, mesmo com Lula de cabeça aberta em São Paulo. Como vice ele teve a prerrogativa de se sentar ao lado de uma fieira de chefes de grupelhos terroristas em um funeral no Irã e de ser um bom ministro da Indústria e Comércio que não serve mais para muita coisa. E pertence a um partido em extinção, o PSB. Ou seja, tem tudo para ser substituído. Como o MDB tem vocação para papéis subalternos, os peemedebistas de outras linhas devem fingir obediência ou seguir novos rumos. Pode ser o caso de Ibaneis.

Do outro lado a bagunça é ainda maior. Em vez de um convalescente, tem um inelegível teimoso que se diz candidato oposicionista “número um, dois e três”. Com esse Supremo que está aí, é brincadeira. Não abre mão para os filhos queridos e menos ainda para a mulher Michelle, única com chances.

Por enquanto, não há alternativas em potencial. O adversário melhor de Lula seria Tarcisio de Freitas. Mas confortável em São Paulo, com reeleição provável e risco de ser vetado pelo antigo tutor, fica fácil esperar quatro anos. Ronaldo Caiado de Goiás e Ratinho Júnior do Paraná não têm apelo maior.

Isso mexe com toda a eleição nacional. O PT e o PSDB sumiram de São Paulo, antes a fortaleza de ambos.

E o enfraquecimento não para por aí. Na última eleição o PT encolheu até no Nordeste. É perfeitamente possível imaginar, por exemplo, que a direita faça senadores em número suficiente para declarar impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Improvável, mas possível. Todo o castelo de cartas pode desabar e restar daí um governo eleito, legítimo e emparedado. Em resumo, falta alguém para pôr ordem nas coisas.

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