Cinara Marques, redação do Portal Tribuna do Nordeste
Motoristas de aplicativos de Petrolina amanheceram nesta sexta-feira, 10, mobilizados para cobrar da Prefeitura de Petrolina e do prefeito Simão Durando, do União Brasil, que revoguem uma lei municipal de 2018 que foi questionada pela categoria já na sua criação. A lei permite só município fiscalizar o funcionamento do serviço. A categoria alega que esse tipo de inspeção em serviços de transporte por app não existe no Brasil e nem as empresas que realizam o serviço, reconhecem.
Os profissionais sairam em carreata da zona oeste, do antigo pátio do São João, bairro Cosme e Damião, para a Prefeitura, na Avenida Guararapes, no centro. Um dos participantes, o motorista José Filho, disse em reportagem ao programa Nossa Voz, Rádio Grande Rio FM, que essa é uma legislação que não existe em lugar nenhum.
Ele spera a sensibilidade do prefeito para atender a legalidade que as empresas já impõe aos motoristas para atuarem nesse mercado. “Já somos fiscalizados”.
Os manifestantes também disseram que um motorista de nome Wellington Batista não representa a categoria para negociações relacionadas a esse impasse. Batista teria dito que conseguiu prazo com a gestão petrolinense para que a medida pudesse ser implantada: um cadastro na AMMPLA e curso de formação.
A muita caso o condutor não obedeça essa lei pode chegar a R$ 5 mil.
“Esse Batista não combinou com a categoria, portanto ele não nos representa. Essa exigência não existe em nenhum município ou estado. Portanto queremos a revogação da lei e que deixem de apreender os veículos dos trabalhadores de aplicativos em Petrolina”, detalhou André, outro motorista presente à manifestação.
OUTRO LADO
Assessor especial da AMMPLA, Paulo Valgueiro, rebate os condutores. Segundo ele, também em entrevista ao Nossa Voz, a AMMPLA não está fazendo nada que não seja legal e disse que existe sim essa forma de fiscalização do serviço de transporte por aplicativos em outros cidades.
“Em São Paulo e várias cidades do estado, existe”, assinalou. Perguntado se a prefeitura vai receber os motoristas, bem como os representantes da AMMPLA, Valgueiro disse que ” somos altamente democratas e vamos conversar”.
Paulo Valgueiro registrou que a lei municipal existe fruto da solicitação da própria categoria. “Eu estava vereador e participei dessa aprovação”, afirmou.

