Da Redação
O CNJ vai decidir o futuro do desembargador que disse que “as mulheres estão loucas atrás dos homens”.
Essa fala misógina foi feita durante o julgamento de um caso de assédio contra uma menina de 12 anos.
O desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola está afastado há mais de um ano — e agora o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai decidir se mantém a punição ou se o reintegra ao Tribunal de Justiça do Paraná.
O CNJ apontou que o magistrado agiu com “preconceitos, pré-julgamentos e estereótipos de gênero”, e por isso determinou o afastamento cautelar. Mas há risco de arquivamento da reclamação disciplinar, o que o traria de volta à 12ª Câmara Cível.
Entidades do movimento de combate à violência contra a mulher, se manifestam nas redes.
“Não podemos permitir retrocessos! As mulheres não estão “loucas atrás dos homens” — estão lutando por respeito, justiça e equidade”, diz postagem da União Brasileira de Mulheres.
“O Judiciário precisa dar o exemplo e mostrar que misoginia é incompatível com a magistratura. Chamamos todos os coletivos, movimentos e redes de mulheres a se mobilizarem!”, completa o conteúdo.
“Publique, compartilhe, marque o CNJ e os conselheiros, cobre posicionamento da OAB e do STF. A pressão social importa. A impunidade é o que sustenta o machismo institucional”, finaliza.

